sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dia 13 de Julho de 2017! Recordar...

Hoje no calendário marca dia 13.07.2018, faz hoje um ano em que a Solange fez a cirurgia para o segundo implante comprar.
Foi um dia muito longo que começou muito cedo, se querem que vos diga não tenho saudades de nada desse dia. Para nós mães qualquer ida ao hospital sem ser de rotina, operação por mais mínima que seja é um tormento.
Dias antes, lembro-me como se fosse hoje, por saber como iria decorrer tudo, porque já tínhamos passado por tudo quando ela fez o primeiro em 2013, ninguém podia falar comigo, sentia uma angustia, sabia que era para melhorar a qualidade de vida dela e fomos nós que assim quisemos que ela ouvisse como qualquer outra criança ouve. Podesse disfrutar de tudo o quanto era sons e como ouvir é viver. Não imaginava que ela vivesse no mundo do silêncio, não era essa a vida que queria para ela, não menosprezando quem não tem implantes cocleares e vive sem ouvir, porque tal como a minha filha são pessoas super inteligentes e que tem todos os outros sentidos apurados mais que qualquer outra pessoa.
Se ela não aprende ao ritmo das outras crianças da idade dela? Isso não importa, importa sim que ela aprende e muito bem, tem o seu próprio ritmo e tem uma vida super normalíssima como sempre quis que ela tivesse, não se sentisse diferente de ninguém. Foi isso que lhe prometi!
Hoje sei foi a melhor decisão/escolha que fizemos, ela é feliz, nós somos uns pais sortudos por tê-la como filha.
Ter uma Solange na nossa família erriquece-nos!!!

Orgulho nesta menina ❤


Chegamos ao hospital D.estefania as 07:00h com esta energia toda!

Enquanto não havia quarto para nós, ela brincava numa sala de brinquedos com outra menina que também ia fazer o segundo implante tal como ela.

Mantê-la ocupada era o mais importante, estava em jejum desde a meia noite.
Eu já só me apetecia chorar, ainda não o tinha feito para a tranquilizar, mas cada hora que passava era mais difícil.



Às 10:30h conseguimos cama para ela e lá fomos nós, ela sempre de sorriso rasgado, ainda meio perdida do que se ia passar, e era isso que me custava, eu estava ao um passo de me desmanchar, os meus olhos já me tinham dado sinais disso.

Aqui com anestesiante para o soro, era o que eu mais temia, sei o que dói e o que ia sofrer e eu ali sem poder fazer nada, onde estava a mãe que a protege de tudo? Nesses momento não há essa mãe, é impotente esse sentimento, não o quero voltar a sentir.

Ela surpreende-me sempre, e pôs o soro como uma menina crescida. Ela é que me estava a dar forças mesmo sem saber.

A hora tinha chegado, levá-la para o bloco. O meu coração disparou e não aguentei, todo aquele caminho no corredor as lágrimas caiam-me, assim que a entreguei e a levaram chorei, chorei, solucei e com o coração do tamanho de uma ervilha esperei naquele corredor.

Três horas depois tinha comigo com este sorriso, não a podia pegar mas enchia de beijinhos e mais beijinhos.

O meu coração sossegou e só queria que passa-se aquela noite e que tudo corresse bem para irmos para casa.

Ela toda contente porque foi só comer gelados, que chatice Ahahah.

Tudo correu bem e no dia seguinte voltamos para casa.


É nostálgico recordar este dia como o dia 16 de dezembro de 2013 quando fez o primeiro.
Já passou, hoje ela ainda mais feliz é nós cada vez mais orgulhosos.


Minha querida filha ❤




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